Há 27 anos o Tricolor era Octacampeão estadual.
Há 27 anos, no dia 11/12/1985 o Joinville conquistava o OCTACAMPEONATO
Jornal A Noticia de 12/12/1985
O sonho do octacampeonato está consumado e o Joinville, com uma atuação de garra, aplicação e obstinação em busca da vitória, provou em campo que não foi por acaso que chegou ao seu nono título em dez anos de existência. Sua superioridade foi flagrante e a vitória de 2 a 0 sobre o Avaí ontem à noite no Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí, não deixou qualquer margem para dúvida. Este foi o sexto título que o Joinville conquista longe de sua torcida, que apesar da distância, lotou quase todas as dependências do Estádio do Marcílio Dias.
O gol de João Carlos Maringá logo a um minuto de partida, num descuido da defensiva do Avaí, acabou mudando todo o panorama da partida. O Joinville entrou com a vantagem do empate e o Avaí com a necessidade de vitória, foi logo partindo em busca dos gols que poderiam lhe dar o titulo. Este gol, porém quebrou “braços e pernas” do esquema armado por Lauro Burigo.
O Joinville conquistou sua primeira vitória este ano sobre o Avaí, e demonstrou em campo uma característica que acabou lhe faltando em outras apresentações: garra e espírito de luta. Quem viu o Avaí em outras jornadas, teve a impressão que as duas equipes trocaram de camisa, porque o Joinville jogou com uma aplicação que não proporcionou nenhuma chance de reação do adversário.
MARINGÁ MARCA
O Clima no Estádio Hercílio Luz era de intensa expectativa, foi tocado o hino nacional e as duas equipes foram à luta. O cronômetro estava chegando a um minuto, quando Fred teve uma bola dominada no interior da área pelo lado esquerdo, mas apertado por Wagner, acabou desafogando defeituosamente. A bola então sobrou limpa para Maringá, que arriscou um chute de longe, com a bola encobrindo o goleiro Carlos Alberto – que estava adiantado, entrando no ângulo.
Este gol deu a estabilidade que o time de João Francisco precisava. O JEC passou a tocar a bola pausadamente e aproveitando o visível descontrole emocional do Avaí. Mas, apesar de ter o domínio das ações, o Joinville sempre sofria perigosos ataques e, aos 17, depois de um cruzamento de Miranda, Dudu marcou de cabeça, mas Dalmo já tinha paralisado o lance, sem ninguém entender sua marcação.
O Joinville respondeu aos 25; quando Leandro deu um chutão para frente, Paulo Egídio avançou com velocidade e cruzou para a marca do pênalti, onde Maringá arrumou e chutou em cima de Carlos Alberto. No minuto seguinte Wagner acertou um chute rasteiro, obrigando Carlos Alberto a outra defesa importante.
A partir dos 30 minutos, o time cedeu espaços ao adversário, de forma até perigosa. Os ataques de Avaí estavam todos centralizados no apoio de Miranda. No meio, Dudu e Branco não tinham posições definidas e Décio Antonio foi totalmente bloqueado pela dupla de zagueiros do JEC. Antes do final do primeiro tempo, aos 39, Nardela quase amplia sua vantagem, chutando rasteiro e Carlos Alberto colocando a corner.
ENFIM OCTA
Para a fase final, Lauro Búrigo tentou jogar “cartas de mão” e mandou toda sua equipe para o ataque, em busca do empate, mas a cada minuto que passava, suas forças foram diminuindo. O Avaí insistiu muito através de inócuos chuveirinhos, todos despachados pela dupla de zaga Leandro e Leo, que estiveram impecáveis. O Joinville manteve a mesma determinação e para cada jogador do Avaí, sempre havia dois na marcação.
Uma boa chance do Avaí nesta etapa complementar aos 27, esteve nos pés de Dudu, que demorou muito para concluir no interior da área, e quando o fez, a defesa acabou fechando o ângulo. Três minutos depois, Lauro, no desespero, lançou o zagueiro Silva de centroavante, entrando no lugar de Branco. Na verdade, Silva acabou facilitando o trabalho da defensiva do Joinville, por que estava sem jogar a Taça Dite Freitas.
Mas foi neste momento em que Silva estava substituindo Branco, que o Joinville perdeu boa chance com Maringá, que recebeu de Wagner, entrou livre e acabou permitindo a defesa do goleiro avaiano. Aos 33, Reginaldo entrou no lugar de Wagner. Aos 38, Nardela enfiou para Geraldo, que avançou do meio de campo, entrou na área e foi egoísta, chutando forte por cima do travessão. Aos 40, Da Silva entrou no lugar de Maringá.
Mas aos 45, quando a torcida já se preparava para invadir o gramado, o Joinville acabou fechando o marcador em 2 a 0, que só coroou sua bela apresentação. Geraldo, a exemplo do lance anterior, avançou livre pela direita, e na área, cruzou forte e rasteiro, com Paulo Egídio completando embaixo do gol. Na súmula, Dalmo Bozzano colocou gol de Geraldo.
A Avaí nem deu a nova saída, porque exatamente aos 45, Dalmo encerrou o jogo e a torcida do Joinville, que veio a Itajaí acompanhar o time, invadiu o gramado, realizando uma grande festa. Foi um Show de Alegria, com todos querendo dar uma resposta a tudo que o Joinville sofreu neste certame, dando a volta por cima no final.
Parabéns a todos do elenco Octacampeão Estadual.
Muito bom. Parabens
Sem palavras… o Dream Team de todos os tempos!
Muito LEGAL!!! Linda festa com bandeiras e fogos TB….pena que hoje não pode mais…Deveriam liberar.!!
grande Messia… muito bom!
infelizmente não era nascido nessa época mas me arrepio sempre que pesquiso mais sobre a história do Joinville, realmente a maior história de SC.