Há 31 anos atrás o JEC era tricampeão estadual
Campeão, Enfim!
Aleluia, aleluia. Finalmente, depois de quase 18 meses(começou em outubro de 79, com um torneio incentivo) e muita bagunça, provocada por uma confusão no calendário, terminou o campeonato catarinense do ano passado. E, como já se esperava, depois de seis fases, centenas de jogos e muitos recursos levados para o tapetão, o Joinville é campeão. Ou melhor, o tricampeão.
No jogo frio, os gols surgiram naturalmente
Pena que, chateada com tanta incompetência mostrada pelos cartolas da Federação, tendo a frente o presidente José Alias Guiliari, e endossada de cartolas brilhantes, a torcida decidisse esquecer o jogo e apenas 8160 fiéis pagantes se dispusessem a ir, sábado à noite, ao estádio Ernesto Schlemm Sobrinho em Joinville.
Nem o jogo, frio com o vento que soprava, merecia mais. O Criciúma com um time bastante modificado e sem a força daquele que o levou até às finais, foi presa fácil para o Joinville, que, disputou a Taça de Ouro deste ano(por ter sido campeão de 79), se manteve certinho, forte e disposto.
Tão certinho, que foi só tomar a bola, sem pressa e sem problemas e deixar que os gols surgissem normalmente. Adílson fez o primeiro aos 18, ao escorar de cabeça um escanteio cobrado por Haérton, e Jorge Luís Pereira completou o placar do primeiro tempo, ao aproveitar a confusão formada depois da cobrança de uma falta por Ladinho, aos 45 minutos.
No segundo tempo, o Criciúma diminuiu, aos 10 minutos, mas o gol de Laerte não balançou ninguém. Logo Adílson faria o terceiro, para Nardela, aos 45, completar a goleada de 4 a 1. Acordando a pequena torcida que, sem esperar pelo último apito do juiz, invadiu o campo para abraçar seus heróis e ensaiar um pequeno canarval. O bastante para que os cartolas do Criciúma começassem a imaginar mais um jeito de melar o campeonato, levando-o para o tapetão.
Ameaça que ninguém acredita seja levada adiante, mas que, se concretizada, servirá bem para coroar um dos mais confusos e tristes campeonatos que se tem conhecimento, no mundo. Um campeonato que, depois de centenas de jogos, 18 meses de disputa, com jogos às terças, quintas, sábado e domingos, só foi decidido quase quatro meses depois da data fixada, quase às escondidas.
Texto revista Placar
Ficha de jogo – Joinville 4×1 Criciúma
Local: Ernesto Schlemm Sobrinho – Data: 21/03/1981 – Horário:
Público: 8160 (Pagante) – Renda: CR$ 450.950,00
Arbitragem: Alvir Renzi
Gols: Adílson, aos 18/1º tempo e aos 33/2º tempo, Jorge Luís Pereira aos 45/1º tempo, Nardela aos 45/2º tempo(Joinville). Laerte 10/2º tempo (Criciúma).
Joinville: Hélio, Galvão, Adílson, Bob e ladinho; Jorge Luís, Jorge Luís Pereira e Nardela; Paulinho Carioca, Zé Carlos Paulista e Haerton(Ademir). Técnico:
Criciúma: Hugo, Reginaldo, Nivaldo, Hamílton e Zé Augusto; Assis, Paulinho(Damásio) e Iúra(Sabiá); Mug. Laerte e Anchieta. Técnico:
Confira os últimos segundos e a festa da torcida do JEC na final de 1980
Legal a foto do início do post, mostra como era um caldeirão a nossa casa. Não que hoje também não seja uma festa, mas as autoridades se esforçam para transformar o estádio em uma casa de santos. Não pode sinalizador, bandeira com mastro… Daqui a pouco vão impedir a torcida de vibrar com o gol… Só vai poder aplaudir e ficar sentado.