JEC 36 anos de glórias – Parte 3

JEC Campeão estadual 1987 - Foto: Diário Catarinense

No brasileiro de 1986 fez ótima campanha ficando em 12º lugar. Foram 10 anos consecutivos na primeira divisão do brasileiro, 160 jogos.

No catarinense chegou a final do estadual, mas a 10º conquista foi adiada para o ano seguinte. Em 1987 foi novamente campeão, 2 a 0 no Criciúma, jogando no sul do estado, em uma partida que corou os títulos do maior ídolo Tricolor, Nardela que foi 7 vezes campeão do estado, vestindo a camisa do JEC, e aquela partida foi especial para Nardela, jogou muito, mesmo depois de ter se machucado em uma disputa de bola e ter jogado boa parte do jogo com a cabeça enfaixada, marcou o segundo tento da partida inesquecível. Agora o Joinville era 10 vezes Campeão, em 12 anos de fundação, Um fenômeno.

No começo dos anos 90, diante da dificuldade que assombrava os clubes brasileiros traçou uma década sem títulos no profissional, mas foi quando começou a profissionalizar os setores do clube, trabalhou bem a base e foi campeão Sul-americano em 1992, no ano seguinte foi o primeiro clube do estado a inaugurar seu Centro de Treinamento. Por outro lado a equipe caiu para série C no ano de 1993, mais os frutos da base deram resultado e Joinville, voltou a segunda divisão em 1996, ano que disputou uma final de estadual tumultuada, e seguiu a diante no sonho de voltar para a série A do Brasileiro, em 97, fez grandes jogos e no ano de 1998, teve sua melhor oportunidade,mas jogando diante do Londrina em casa, teve o sonho adiado.

Em 1999, a Torcida do Joinville protagonizou uma revolução nas arquibancadas do Ernestão, fazendo do Estádio um verdadeiro Caldeirão, com protestos nas arquibancadas e no gramado do estádio a massa Tricolor foi a voz ativa para que no ano seguinte, o clube conquistasse dentro das quatro linhas, após 13 anos de jejum, o titulo catarinense do ano 2000, em uma partida emocionante, jogando diante do Marcílio Dias, Fabinho marcou o gol do título, aos 45 do segundo tempo, e fez a torcida soltar o grito que estava engatado na garganta, o choro e os sorrisos se misturavam à emoção do momento. No ano seguinte longe de casa, na cidade de Criciúma, levantou o Bi-campeonato, e novamente por 2 a 0, como em 1987.

Depois do Bicampeonato, o diretoria do Joinville decidiu investir pesado para voltar a série A do brasileiro, mas o resultado foi adverso, no ano de 2004, após péssima campanha, o clube era rebaixado para a série C do brasileiro. Fato este que gerou revolta entre os torcedores e quando todos pensavam que o JEC tinha perdido sua torcida, no ano seguinte, agora jogando na Arena Joinville, estádio municipal construído com o esforço de toda uma comunidade em prol do Joinville Esporte Clube, o JEC estreava a sua nova casa diante do Metropolitano. O estádio estava lotado, diferentemente dos últimos anos quando o clube mandava os jogos no velho Ernestão.

A partir daquele momento, a torcida se multiplicou e a Arena que tinha sido inaugurada para 15000 pessoas, já parecia pequena; O JEC chegava às decisões, como em 2006, ou mesmo a semifinal de 2005. No brasileiro não era diferente, e os tropeços cominaram em ficar dois anos sem disputar algum campeonato Nacional, vale lembrar que nesse período nebuloso da história do clube, a base foi fundamental, com as vendas das revelações Edgar, Douglas e Ramirez, atual volante da seleção brasileira, o clube pôde planejar a sua volta ao cenário nacional.

Em 2008 uma nova diretoria assumia o clube, nela um presidente campeão,  Marcio Vogelsanger, empresário de sucesso na cidade e que havia levado o clube ao título de 2000. Foi um recomeço, e em 2009 o JEC conquistou a Copa SC, o que lhe deu direito a disputar a série D do brasileiro, no ano seguinte em 2010, o time proporcionou um momento mágico, quando ganhou o primeiro turno do estadual, com gol de Ricardinho aos 48 minutos e 50 segundos da segunda etapa,  o Joinville começa a mostrar em campo que voltava a ser um time de garra, tradição; Infelizmente o título não veio, mas no mesmo ano, o clube conseguiu o acesso a série C.

Em 2011 foi o ano da virada, no primeiro semestre o Tricolor não fez boa campanha no catarinense, mas na disputa da terceira divisão nacional, voltou a série B do Brasileiro e conquistou o seu primeiro título nacional, sagrando-se Campeão Brasileiro da Série C 2011, de quebra teve o maior aproveitamento de todas as divisões do nacional.

Parabéns Tricolor de Aço, pelos 36 anos de glórias, por ti “Uma Paixão Insuperável.

Marcos Messias

Uma Paixão Insuperável

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