JEC vence a Ponte e fica mais perto do título
No Campeonato Catarinense de 2014, o Joinville teve 180 minutos para ficar com o título. Lutou, mas não venceu na decisão estadual, derrotado para o Figueirense. Na Série B, ainda que não haja uma final, a equipe catarinense se apoderou do pensamento decisivo. A 360 minutos do término da segundona e com o acesso garantido, o JEC fez a primeira de quatro partidas finais para tentar terminar a temporada com uma taça. Além de bater a Ponte Preta, adversário deste sábado, na Arena, por 3 a 1, superou a tensão dentro e fora de campo com ajuda da bola parada e da torcida.
Primeiro contou com a ajuda do lateral-esquerdo Rogério. Considerado negociável no Criciúma, clube que disputou a primeira parte do ano, o jogador achou no Joinville mais que um lar. Encontrou um lugar para ser decisivo. Rogério não é um ala, avança pouco e prefere resguardar o setor em que joga, a pedido do técnico Hemerson Maria. Aparece mais nas bolas paradas, como homem surpresa. Foi assim contra Avaí e Bragantino, nas últimas rodadas, e diante da Ponte. Outra vez desapercebido pela defesa adversária, ele aproveitou o cruzamento, ficou com a sobra e colocou para o fundo das redes, no início do segundo tempo.
Todavia, um recuo da equipe permitiu o empate da Ponte Preta acontecesse. Nada que ela, a bola parada, não resolvesse. Sem ser discreto, Bruno Aguiar subiu alto após escanteio e fez o segundo. Gol que deu ao JEC a tranquilidade de não precisar mais secar adversário nenhum.
O momento, no entanto, era de não mais jogar de forma defensiva. Para a maioria dos 17.851 presentes na Arena, antes embalada pelo nervosismo, foi uma injeção de adrenalina na postura, e Edigar Junio fez o terceiro. Agora, a equipe catarinense olha para cima e não enxerga mais ninguém. Nos 270 minutos restantes de Série B, a história escrita com uma vaga na primeira divisão pode ter um fim ainda mais especial.
A tarde, no entanto, teve tensão também do lado da Macaca. Confusão no setor visitante e discussão em campo com os jogadores do JEC. Partida paralisada e momento dos torcedores tricolores fazerem sua parte. Um ponto à frente do rival, não deu para segurar o grito.
– É, campeão! – cantavam, para na sequência embalar:
– Adeus, Ponte.
Reiniciada a partida após o incidente, foi questão de tempo até o apito final. Vaias e gritos de olé ajudaram o relógio a passar. A vaga na Série A parece pouco para o JEC. O que ele quer é a estrela no peito.