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JEC 37 anos – Quatro Gerações

Hercílio é o nome do meu falecido avô que nem cheguei a conhecer. Certamente veio dele esse jeito de torcer.

Sócio do Caxias F.C. vô Hercílio viu grandes craques desfilar com a camisa do alvinegro da zona sul. Viveu boas e tristes histórias com o futebol. Levou a paixão aos extremos, chegou a ser preso em Brusque, por jogar um rádio dentro de campo. A volta da torcida joinvilense só aconteceu quando ele foi liberado, na delegacia. Em 1975, em meio o processo da fusão entre América e Caxias, ele faleceu. Mas deixou um legado, meus dois tios e meu pai, genro de seu Hercílio, também eram torcedores do Caxias. Eles abraçaram o novo clube, Joinville Esporte Clube e semearam a paixão entre seus filhos. Nos anos 80, eu não tinha uma camisa do eixo Rio-SP, eu vestia JEC.

Foram momentos de tristeza e alegria, momentos de dificuldade e superação. Vi o JEC ser campeão e chegar no fundo do poço. Mas valeu a pena, valeu demais, porque eu vi tudo isso. Agora com meu pai e meu filho, que chorou sorriu, me abraçou, naquela épica final de turno, em 2010.

Vi la de cima, o garoto entrar ao lado do Lima na final da Série C 2011, chorei quietinho, no canto, um choro doce, igual aquele de 1987, quando vi JEC ser campeao da taça Kurt Meinert.

Duas pessoas fundamentais nessa história, viram tudo aquilo lá de cima, meu tio Mario e meu vô Hercílio. Na volta olimpica, lembrei deles, com certeza estavam ali.

A história continua porque o JEC é o clube da paixão insuperável. Parabéns Tricolor, pelos seus 37 anos de glórias.

Marcos Messias

Uma Paixão Insuperável