Um campeão se faz nos detalhes
Já escutamos o apito final do primeiro jogo da semifinal entre JEC x Figueira, já sabemos o resultado que nos interessa em Florianópolis, a Vitória, só ela nos leva à final do estadual 2012.
E como se comportar dentro da casa do adversário, para conquistar a vitória? Essa é a tarefa do técnico Argel Fucks nesses dias que antecedem a semifinal.
Sem dúvida o maior ponto positivo do técnico é contagiar o elenco, isso ele tem feito magnificamente bem. Mas só de força de vontade não se faz um time campeão.
O JEC vem sofrendo em jogos em casa, para times que jogam na retranca, foi assim diante do Atlético/IB e do Metropolitano. O técnico Branco fez o simples, assistiu aos vídeos desses jogos viu a dificuldade do Tricolor, jogando contra um esquema defensivo e veio jogar em Joinville assim. Fez o esperado como comentei no twitter durante a semana.
Outro dado importante que já comentei em outras ocasiões, foi que Tiago e João Henrique, formaram o meio campo em jogos que não sofremos para marcar gols, foram 6 jogos, 5 vitórias e o último jogo um empate na capital onde João não jogou bem e foi substituido, faltou coerencia em manter esse meio campo, durante mais tempo. Ou, ao menos Tiago Real que jogou de tudo nessa equipe, e chega a semifinal no banco.
O toque de bola mais rápido de João e a sua habilidade para carregar a bola pra “frente” fazem falta, a cadência e as constantes decidas pela direita de Tiago Real também deixam uma lacuna na equipe. Vale lembrar que Tiago na marcação supera os meias do JEC, fácil, fácil.
É hora de sentar, analisar os fatos, os números e a parte tática dessa equipe, que chegou a ter 88% de aproveitamento nas seis primeiras rodadas, agora tem 71,4% , um número ainda bom, mas pouco pra quem quer ser campeão.
Colocar os números do campeonato na mesa, analisar quem foi o melhor nos fundamentos. Quais do jogadores fazem gols, quem falhou e por que. Arrumar as peças no tabuleiro é preciso, e usando os números como peso para tomar decisões.
Vou citar um exemplo simples, para não entrar em detalhes, já que deu pra entender. Quem cobra a falta na equipe? No último jogo, foi Ramon, Ricardinho e Badé. Mas é fácil provar com estatísticas, que um só batedor tem melhor aproveitamento. O gol de ontem ajuda a tomar essa decisão.
Esses pequenos detalhes fazem a diferença em jogos decisivos. O treinador deve sim se preocupar com o adversário, diferentemente do que disse Argel Fucks ontem. Analisar os VTs dos jogos, traçar metas, principalmente em jogadores que fazem a diferença, como Roni, Fernandes e Guilherme Santos, esse último também dei enfase no twitter, até porque no jogo em Florianópolis, Guilherme atuou quase como um terceiro atacante e mesmo com o esquema defensivo de ontem, quem apareceu para fazer o gol do Figueira?
No ataque a maior preocupação, o JEC vem perdendo muitos gols, Alex passa por uma fase daquelas denominadas “Fominha” não cruza uma bola, finaliza todas para o gol. Bruno Rangel sente muita falta dessa troca de passes e assistências entres os atacantes, ele é um nove sim, não tem nada de jogar pelas pontas, mas é um nove(9) que busca a tabela simples, foi assim que marcou os seus gols ano passado e no catarinense deste ano.
Aldair sim é um jogador de movimentação, atua pelas pontas e faz a digonal pela meia, poderia ter feito muito mais ontem, mas entrou quando o Figueira se fechou totalmente atrás, daí sou mais o Alex.
Futebol não é só transpiração não, talvez a raça ganhe jogos, mas um campeão se faz nos detalhes, na coerência e sorte, o que faltou também pro JEC ontem.